Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI)
Conhecido também como "Vigor da vegetação", compreenda a metodologia, aplicações e limitações deste dado
Marcela Fernandes da Costa
Última atualização há 3 meses
Introdução e Visão Geral
O NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada) é um dos principais índices utilizados para a análise da vegetação, permitindo inferir a produção primária de clorofila e a umidade da vegetação. Esse índice é amplamente empregado no monitoramento ambiental, possibilitando a identificação de padrões de densidade e saúde da vegetação ao longo do tempo, por meio da análise de imagens de satélite. Sua aplicação é fundamental para estudos ecológicos, agrícolas e de gestão de recursos naturais.
Os dados de NDVI são extraídos de imagens do satélite Sentinel-2, com resolução espacial de 10 x 10 metros. Essa alta resolução permite análises detalhadas da variabilidade espacial da vegetação, sendo especialmente útil para estudos em escalas locais e regionais.
O cálculo do NDVI é realizado com base na diferença normalizada entre as bandas do infravermelho próximo (NIR) e do vermelho (Red), que refletem respectivamente a saúde da vegetação e a absorção da luz pela clorofila. O índice é calculado segundo a equação:

As etapas principais para a obtenção do NDVI incluem:
- Aquisição de imagens – Construção de um mosaico anual sem nuvens, utilizando dados do satélite Sentinel-2.
- Processamento espectral – Cálculo do NDVI a partir das bandas espectrais do infravermelho próximo e do vermelho.
- Mapeamento e análise – Geração de mapas de variação da vegetação, permitindo a identificação de padrões sazonais e tendências de degradação ou recuperação ambiental.
O NDVI é amplamente utilizado na detecção de áreas degradadas, no monitoramento da atividade agrícola e na avaliação da dinâmica de ecossistemas naturais e urbanos.
- ROUSE, J.W., Jr.; HAAS, R.H.; SCHELL, J.; DEERING, D. Monitoring the Vernal Advancement and Retrogradation (Green Wave Effect) of Natural Vegetation; Technical Report, 1973. Disponível em: https://ntrs.nasa.gov/citations/19740022555.