Temperatura de Superfície Terrestre (TST)
Conhecida também como "Temperatura de superfície" e abrangendo a "Temperatura máxima de superfície", compreenda a metodologia, aplicações e limitações deste dado
Marcela Fernandes da Costa
Última atualização há 5 meses
A Temperatura de Superfície Terrestre (TST) representa a temperatura radiométrica estimada para a superfície do solo em áreas urbanas e naturais, sendo um indicador essencial para o monitoramento ambiental e planejamento urbano. Esse dado permite analisar o fenômeno das ilhas de calor, identificar padrões térmicos urbanos e compreender a influência da vegetação e das superfícies construídas na regulação climática local.
A camada de TST é gerada a partir de imagens quinzenais do satélite Landsat-8, compostas em mosaicos das médias para os anos de 2016 a 2021, com tratamento descrito por Ermida (2020).
Resolução Espectral
Os dados de TST são derivados das bandas térmicas 10 e 11 do sensor TIRS do satélite Landsat-8, com resolução original de 100 metros, reamostrada para 30 metros.
A metodologia utilizada para o cálculo da Temperatura de Superfície Terrestre envolve diversas etapas, garantindo precisão e consistência nos valores extraídos:
- Aquisição das imagens – Coleta de imagens quinzenais do Landsat-8, formando mosaicos anuais para o período de 2016 a 2021.
- Processamento espectral – Conversão dos valores digitais (DN) das imagens em radiância espectral, utilizando a equação desenvolvida pela NASA.
- Conversão de temperatura – Aplicação da equação de Plank para transformar os valores de radiância em temperatura em Kelvin (K), posteriormente convertida para graus Celsius (°C).
- Correção atmosférica e refinamento dos dados – Utilização de um modelo empírico de regressão linear baseado na relação entre temperatura de brilho (Tb) e emissividade (ε = 0,95), conforme o algoritmo de Ermida (2020).
- Visualização e análise espacial – A distribuição da TST é representada por meio de heatmaps ou interpoladores de densidade (kernel), permitindo identificar padrões térmicos e variações climáticas intraurbanas.
A partir dessa metodologia, três indicadores específicos são derivados para a plataforma UrbVerde:
- Coeficiente de Ilha de Calor (disponível na página "Coeficiente de Ilha de Calor") – Reflete o nível de exposição das populações vulneráveis a intensidade da ilha de calor urbana em diferentes setores censitários, comparando temperaturas pixel a pixel em áreas urbanizadas, onde destaca-se o efeito positivo de áreas verdes e corpos hídricos sobre a habitação social.
- Temperatura Máxima de Superfície – Registra a temperatura máxima anual dentro de cada setor censitário urbano ao longo do período analisado. Esse dado é essencial para identificar regiões mais afetadas durante ondas de calor.
- Raster Temperatura Média 2016-2021 – Representa a temperatura média relativa ao longo dos anos, destacando ilhas de frescor na cidade e evidenciando o papel de resfriamento desempenhado por praças, parques e corpos hídricos.
Cuidados e Limitações
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